Battlefield 3: Aftermath


Em meio à guerra que assola o Oriente Médio há muitos e muitos anos, um terremoto devastador destrói completamente boa parte das cidades do Irã. Dos escombros, que misturam restos de edifícios com veículos militares, começam a se levantar os sobreviventes da catástrofe. Mesmo desarmados e com a sobrevivência por um fio, eles só têm uma opção: continuar lutando.
Essa é a premissa de Aftermath, o mais novo DLC de Battlefield 3 que chega mais uma vez para modificar as dinâmicas de combate de um dos maiores jogos de tiro da história recente. Apesar de não trazer os tão esperados dinossauros, o extra conta com quatro novos mapas, uma arma inédita e o modo Scavenger, que deixa você sem armas e com pouquíssimos recursos para sobreviver ao tiroteio.
A ideia da Electronic Arts é, a cada conteúdo inédito, diversificar a experiência de Battlefield 3 e torná-la cada vez mais atrativa. E, acima de tudo, manter o game rodando nas telas dos gamers mesmo um ano após sua chegada às prateleiras físicas e digitais.

Aprovado

A melhor expansão de Battlefield 3
Não é nada exagerado dizer que Aftermath reúne o melhor de tudo aquilo que já foi feito com o game até hoje. Armored Kill tinha os veículos como destaque, enquanto Close Quarters agradava aos fãs de Call of Duty trazendo combates agressivos e de proximidade. Aqui, esses dois estilos têm vez e importância.
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Com Aftermath, a DICE mostra amadurecimento e exibe seu aprendizado sobre as dinâmicas de jogo online de Battlefield 3. Os quatro mapas inéditos trazem elevações perfeitas para os franco-atiradores, campos abertos para os motoristas de tanques e corredores apertados e barreiras para quem gosta de correr e atirar.
O destaque, ainda, é o modo Scavenger, no qual o jogador começa apenas com uma pistola e deve buscar armamentos pela área de combate. Não apenas isso, também é preciso saber gerenciar munição, já que os recursos são escassos e os inimigos estão por todo lado. E, claro, sempre se lembrando de dominar as bases e conquistas posições avançadas para o próprio time.
Sua habilidade é tudo

Os jogadores experientes se sairão melhor nas partidas online de Aftermath. Se você já gastou muitas horas jogando online e melhorando suas habilidades de guerreiro, está na hora de brilhar. Quem sabe se portar no campo de batalha vai simplesmente massacrar a equipe adversária.
Se você faz parte de um clã ou tem uma equipe fixa para o tiroteio online, melhor ainda. O terreno irregular de Aftermath privilegia a jogabilidade estratégica, transformando um time que sabe o que está fazendo em algo praticamente invencível. É hora de pensar seriamente em adquirir um headset e coordenar suas tropas com comandos de voz.
Belas novidades
Os mapas e o modo Scavenger não são as únicas atrações de Aftermath. A DICE também criou modelos de personagens totalmente inéditos, que aparecem sujos e machucados como verdadeiros sobreviventes de um terremoto. Uma nova arma, a Besta, deixa tudo mais preciso por ser capaz de disparar apenas uma flecha por vez, tendo de ser recarregada a cada tiro.
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A desenvolvedora também não caiu na armadilha fácil de cenários do Oriente Médio. Apesar de parecerem todos iguais, poucos minutos de jogatina mostrarão a você que cada arena é bem diferente da outra, contendo seu próprio conjunto de edificações e pontos de vantagem. Os gráficos, como sempre, impressionam e o áudio vai fazer sua cabeça explodir.
Há ainda um sistema aleatório de tremores secundários, que seguem o terremoto principal. Imagine estar escondidinho em um ponto, usando seu rifle sniper, quando de repente todo o cenário começa a chacoalhar, revelando sua posição. Essa é a pegada de Aftermath.

Reprovado

Para poucos
Um dos principais pontos positivos  de Battlefield 3: Aftermath também pode ser considerado seu grande problema. Se você não é um veterano do mundo dos FPS e se interessou pelo terreno acidentado e as possibilidades que um terremoto adiciona ao campo de batalha de um FPS, é melhor treinar um pouco antes de embarcar no DLC.
O design do campo de batalha dá origem a diversos momentos de conflito localizado, em que tropas rivais se enfrentam sem parar pelo controle de um território. São tiros e explosões por todos os lados em um combate no qual vence quem melhor agir. Um novato, nesse ensejo, é um alvo fácil e será metralhado muito rapidamente.
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Isso sem falar na incidência grande de killboxes – os momentos em que um dos times encontra um ponto de passagem e massacra os inimigos por ali – ou baserapes, com uma das equipes atirando em peso contra a base de ressurgimento do adversário. Nesses casos, não há nada que se possa fazer a não ser assistir ao seu personagem morrer repetidas vezes sem nem mesmo ter tempo de reagir.
Haja tração nas quatro rodas!
O terreno acidentado e cheio de elevações também pode ser um pesadelo para quem é fã de veículos. Tanques de guerra e jipes militares se movimentam como jamantas pelas ruas cheias de escombros e pedaços de prédio de Battlefield 3: Aftermath. A movimentação precisa ser bem mais lenta e eles se tornaram alvos fáceis.
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A mudança fez com que os veículos tivessem seu uso um pouco modificado. Agora, em vez de servirem como meio de transporte, eles fazem o papel de bases móveis. É comum ver jogadores posicionando jipes entre dois times inimigos, criando uma barreira móvel para seus aliados. É pertinente, mas é também um subaproveitamento de um dos maiores diferenciais de Battlefield 3.

Vale a pena?

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Se Battlefield 3 já era um jogo genial, Aftermath tornou tudo ainda mais divertido. Apesar de ser extremamente restritivo, o DLC acrescenta opções interessantes e perverte alguns dos conceitos básicos do game de tiro. O resultado é um multiplayer variado e bem diferente do que os fãs estão acostumados.
Se você é um viciado no game, mas preferiu permanecer longe dos DLCs, essa é a hora perfeita para tirar o escorpião do bolso e dar alguns trocados para a Electronic Arts.

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